A Fé é Um Fruto da Morte de Cristo?



A fé é um fruto da morte de Cristo: Mas não diretamente como é uma satisfação à justiça, mas apenas remotamente, visto que ela procede daquele jus Dominii jus que Cristo recebeu, para enviar o Espírito em que medida e para quem Ele quiser, e para que ela obtenha resultado adequado, e tendo em vista que é necessária para a concretização dos objetivos adicionais da sua morte, na reunião e salvação dos eleitos. Assim isso flui mais diretamente da boa vontade de Deus e do Redentor, o que nós chamamos de predestinação.


Assim essa é uma linguagem inadequada (a qual a Bíblia nunca usa) dizer que [Cristo morreu para nos comprar Fé] apesar de ser um fruto de sua compra. Como se um príncipe resgatasse ou comprasse um malfeitor condenado, concordando e resolvendo que ele ainda assim não seria salvo, se ele cuspisse em seu rosto e o recusasse e sua bondade. E, se estando ciente de que esse malfeitor é tão desesperadamente perverso, que ele rejeitaria e abusaria de seus redentor e recusaria sua bondade, a não ser que o principe envie um amigo de confiança para persuadi-lo, o qual é o mais poderoso e irresistível orador no mundo.

Se o príncipe, por estar resolvido em não perder o homem, nem o preço do resgate, envia este orador com uma acusação da qual ele não terá como negar, nem deixará de fazer até que tenha obtido o consentimento do malfeitor, é uma linguagem apropriada dizer que ele deu o seu dinheiro de resgate para comprar o consentimento do malfeitor em ser libertado? Ou para curar sua natureza perversa? Não. Ainda assim é verdade que o seu preço foi um fundamento e preparação para isso ser realizado, assim coomo em nosso presente caso.

Richard Baxter, Richard Baxter, Universal Redemption of Mankind by the Lord Jesus Christ, (London: Printed for John Salusbury at the Rising Sun in Cornhill, 1694), 42-43. [Some spelling modernized; italics original; bracketed inserts original; and underlining mine.]     [Credit to Tony for this find.] 

Fonte: http://calvinandcalvinism.com/?p=9146

Tradutor:  Emerson Campos Pinheiro.